‘A Grande Renúncia’: por mais qualidade de vida, 4 mi de pessoas se demitem nos EUA

Por Tamires Ferreira, editado por Tissiane Vicentin

A pandemia da Covid-19 trouxe muitas perdas inestimáveis e também muitas dificuldades no mundo inteiro. Ainda assim, o período de isolamento social provocou reflexões em muitos cidadãos nos Estados Unidos que, em busca de mais qualidade de vida e flexibilidade, estão pedindo demissão em massa.

Um levantamento feito no país pela Secretaria de Estatísticas Trabalhistas do governo aponta que, apenas no mês de agosto, 4,3 milhões de pessoas pediram para sair de seus empregos, em um movimento que recebeu o nome de ‘A Grande Renúncia’ (‘The Great Resignation’, no original inglês).

O desenvolvedor de software de 27 anos, Jonathan Caballero, estava literalmente perdendo os cabelos por conta do trabalho e do estilo de vida que muitos de nós conhecemos, sem muito tempo para nada a não ser cumprir com a rotina laboral.

Trabalhando de casa, ele conta em entrevista à NPR, ele percebeu que a vida estava passando muito rápido e que não valia mais a pena voltar a fazer o trajeto de 45 minutos da casa para o trabalho quando fosse necessário retomar ao escritório. Ele foi apenas um dos exemplos de pessoas que estão tomando o mesmo rumo dentro do movimento no país.

“Eu acho que a pandemia mudou minha mentalidade de uma forma que eu realmente valorizo ​​meu tempo agora”, disse Caballero, à rádio.

Com as demissões em massa, diversas vagas de empregos ficaram disponíveis – algo em torno de mais de 10 milhões de oportunidades de emprego abertas.

Para especialistas, o volume de demissões é consequência dos novos conceitos que a pandemia do coronavírus trouxe, como priorizar não apenas o salário, mas também a também flexibilidade, benefícios e qualidade de vida.

Estados Unidos batem recorde de pedidos de demissões. Crédito: Shutterstock

Ao colocar os aspectos da balança, diversos setores foram atingidos por não ter ou não poder oferecer os benefícios pedidos.

O levantamento mostra, ainda, que o segmento de lazer e hospitalidade, por exemplo, foi um dos mais afetados não apenas pela pandemia e diminuição de viagens mundialmente, mas também pelos pedidos de demissão e escassez de funcionários.

Crédito da imagem principal: Graeme Dawes/Shutterstock

Fonte: Olhar Digital

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